Se existe algo em que costumamos ser apressados, chama-se doença.
As notícias diárias apresentam reclamações pela demora no atendimento, na realização de cirurgias, na elaboração e na entrega de exames, na cura, enfim.
Elas indicam que pessoas doentes são tratadas como coisas, e coisas fundamentais que as abençoariam e curariam, são desperdiçadas, desviadas, e mal aplicadas.
Entretanto, no ministério de Cristo, as coisas eram colocadas imediatamente a serviço da satisfação das necessidades das pessoas, quando expressavam fé no Seu poder.
Duas características marcantes do ministério de Cristo, foram a compaixão e a rapidez com que atendeu todas as pessoas que O procuraram, e também nas muitas vezes em que a iniciativa do auxílio partiu de Jesus.
Não há um único relato nos Evangelhos no qual alguém foi despedido sem ser curado quando demonstrou fé, mesmo no caso do pai de um jovem possesso que não O conhecia estando já desenganado pelas lideranças religiosas, ou de uma mulher não israelita com a filha também possessa que insistiu tanto no pedido, que os discípulos sugeriram manda-la embora, contrariando o caráter compassivo de Jesus.
Mas a demora atual muito comum e mesmo a ausência da cura também muito frequente, que parecem conter para muitos teólogos alterações importantes no modo de proceder da divindade ao longo do tempo, pesquisando mais detidamente, descobrimos que na verdade os empecilhos para curar jamais são divinos.
Na verdade, o que mais precisamos para ser curados é reconhecer condutas que nos atrapalham quando mais necessitamos de ajuda, como acontecia com as multidões que rodeavam Jesus muitas vezes por mera curiosidade, impedindo centenas e milhares de doentes e necessitados de se aproximar do maior Mestre de todos os tempos.
Porque temos muitas dificuldades em admitir e aceitar a necessidade de auxílio, é histórico enquanto a doença piora tentar nossos frágeis e limitados recursos, buscando-O somente depois de esgotar todas as nossas restritas possibilidades.
Estudaremos duas histórias de cura relatadas nos Evangelhos, nas quais focaremos detalhadamente as atitudes do doente, as respostas de Jesus, e o comportamento dos outros que muitas vezes retardam ou impedem a cura quando lhes permitimos.
Aprenderemos nestes relatos porque essas pessoas foram curadas apesar das dificuldades que possuíam, as quais se repetem na experiência da maioria dos doentes atuais.
Por último abordaremos uma história na qual tudo deu errado como acontece com frequência assustadora na história de quase todos os seres humanos quando a cura é buscada, porque pouco ou nada conhecem de si mesmos, sempre agiram contra a sua saúde, rejeitaram as prescrições que lhes foram feitas, de modo que no seu momento mais crítico não possuem sequer a mínima condição física, emocional e espiritual, para evitar o pior.
Nessa última história, apesar dos doentes estarem presentes no ambiente sacro de uma igreja, apesar de Jesus como sempre estar disponível para curar, apesar da maioria ser constituída por familiares e amigos de infância e haver até mesmo uma comoção pela Sua presença, absolutamente ninguém foi curado nessa oportunidade, o culto terminou numa rebelião, tentaram até mesmo mata-Lo, e o texto diz que essa situação O incomodou demais como provavelmente ocorre nas vezes em que apenas atrapalhamos o que deseja fazer por nós agindo como se já possuíssemos tudo e não precisássemos de mais nada.
Ou seja, quando as condições pareciam ser as mais favoráveis para a cura e milagres espetaculares, a decepção foi enorme porque nenhum doente saiu curado daquela sinagoga!
As conclusões aprendidas após estudar estas histórias, têm o poder, simplesmente, de dividir a tua história na saúde.